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Projeto quer implementar parquinhos com experimentos didáticos sustentáveis


Que tal uma gangorra que, com o simples movimento das crianças, seja capaz de bombear água de um cisterna para irrigar uma pequena horta? Esta é uma das atrações que fazem parte do projeto Green Park, um parquinho construído com equipamentos e metodologias que permitem ensinar e disseminar a importância das energias renováveis e reaproveitamento a partir de sua utilização.

A iniciativa foi idealizada por professores e estudantes da Universidade Federal da Integração da América-Latina (UNILA), em Foz do Iguaçu (PR), e conta com apoio da prefeitura local e da Fundação Parque Tecnológico Itaipu no apoio pedagógico e captação de recursos. A intenção é instalar dois protótipos: um na Escola Municipal Jorge Amado e outro na Estação Ciência, projeto desenvolvido no Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

Além da gangorra, são outras dez atrações com viés sustentável, como a casinha ecológica, a árvore fotovoltaica, a compostagem, o biodigestor e a estufa. Além de entreter as crianças, o projeto busca a conscientização ambiental por meio da mudança de hábitos da sociedade, conforme explica o professor da UNILA, Oswaldo Hideo Junior: “Na verdade, o que acabamos estimulando nas crianças é uma mudança de hábitos, que vamos promover ao longo do tempo para a sociedade. Então esse parquinho auxilia muito nisso pois coloca num ambiente escolar as tecnologias em exposição e para interação, os alunos terão vivência didática, através de experimentos em sala de aula, da compreensão de onde aplicar isso na dimensão macro, na sociedade, ou através da escola. Bem como alguns experimentos que irão remeter a utilização no dia a dia dele, na casa dele, no bairro e no dia a dia. Acreditamos muito no potencial desse projeto para promover a mudança e o interesse da sociedade, porque um filho chega em casa com uma ideia nova, acaba transmitindo a família toda e até mesmo os vizinhos”.

O objetivo é que este pequeno parque de diversões seja fácil replicação em outros locais. Para isso, a equipe também está desenvolvendo um conjunto de materiais informativos e experimentos didáticos que visam a aprendizagem sobre sustentabilidade energética de forma lúdica, interativa e intuitiva.

Entre os recursos estão cartilhas para professores, manuais técnicos sobre a construção dos brinquedos e livros infantis. O professor Jiam Pires Frigo comenta sobre a importância da integração de diversas áreas do conhecimento e a possibilidade de replicação da iniciativa: “Esse trabalho de extensão será feito na escola com o intuito educativo, de consciência ecológica-ambiental, e também instrutiva aos próprios professores, porque eles não tem essa formação (específica) por tem uma formação pedagógica. Nessa parte prática, nós da Engenharia podemos auxiliá-los, e eles, de maneira complementar com a parte pedagógica que temos pouco contato, quando trata-se de crianças. A possibilidade de conseguirmos desenvolver algo integrado, como por exemplo a captação de água dos telhados para uma cisterna e um brinquedo que a criança ao brincar está vendo que consegue bombear água da cisterna e ainda elevar um sistema de irrigação, ou seja, todo esse movimento que ela consegue ver, pode ser aplicado em qualquer escola”.

Em desenvolvimento há mais de um ano, o projeto já foi reconhecido no 13º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética, no Prêmio Sanepar de Tecnologias Sustentáveis e no Prêmio Ciclo Verde.

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